O que foi dito

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Todos os Homens

Todos os homens,
adornados pelo
seu nome,
reunidos à volta da fogueira.

O crepitar das chamas
e todos os gritos.
Todos os nomes
gitados pelo som
da madeira a arder.
O fumo perverso
no ar.

O fumo é espesso
a terra é espessa
a mente é espessa.

Todos os homens,
reunidos à volta da fogueira,
adornados pela perversão.

O doce cheiro do suor
e da madeira.

O meu nome e o nosso nome.

Todos os homens,
um grita, outro empurra, outro cai

outro cai, outro empurra, outro grita.

Todos os homens,
reunidos dentro da fogueira,
devorados pelos gritos.

E pelos nomes.

O doce cheiro da carne queimada,
perversa.

Todos os gritos dentro de mim.

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